Pivô da crise entre o partido na cidade e o líder Cândido Vaccarezza, Clélio Leme diz ser alvo de disputa política
Secretário municipal de Habitação de Campinas e pivô de uma crise entre a direção partidária e o líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza, o petista Clélio Leme disse ao iG que seu correligionário, o ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra, foi conivente com o suposto esquema de corrupção montado por seu antecessor, Helio de Oliveira Santos, o Dr. Helio. Segundo Leme, a omissão de Demétrio causou desgaste ao partido que, agora, tenta usar a Comissão de Ética para travar disputa política.
“Demétrio foi cassado não por ter cometido irregularidades mas por ter acobertado o esquema do Helio. Ele deveria ter agido quando assumiu a prefeitura. Ele não abriu uma sindicância sequer, não afastou os envolvidos no escândalo, manteve os acusados”, disse Leme. Segundo ele, o PT de Campinas também foi omisso.
“O PT deveria ter rompido com o Dr. Helio lá atrás, quando surgiram as denúncias. Mas não rompeu e foi conivente”, afirmou. Segundo ele, isso custou caro ao partido que já governou por duas vezes a maior cidade do interior de São Paulo e hoje está isolado em Campinas. “Essa vacilada custou muito caro tanto para o Demétrio quanto para o PT”, disse ele.
De acordo com Leme, ao atribuir ao atual prefeito Pedro Serafim (PDT) a responsabilidade por um “golpe” contra Demétrio é um erro já que, na condição de presidente da Câmara, ele cumpriu todo o trâmite legal. “Na verdade, o PT de Campinas está usando a Comissão de Ética para esconder a falta de um debate político a respeito de tudo o qua aconteceu no ano passado”, afirmou.
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