| Autor(es): Por Raphael Di Cunto | De São Paulo |
| Valor Econômico - 09/02/2012 |
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PDT), deve trocar nos próximos dias o comando da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho para acomodar o PDT no governo e garantir apoio do partido. Na negociação em curso, sai o atual secretário, o presidente estadual do PPS, David Zaia, e entra o 1 º secretário da Força Sindical, Sérgio Leite (PDT), presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo. A assessoria de Zaia, que é vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), negou a saída, informação confirmada por integrantes da Força Sindical, UGT, PDT e PSDB. Em troca, o PPS ficaria com a Secretaria de Gestão Pública, comandada por Cibele Franzese, ex-secretária-adjunta da Pasta que assumiu o cargo em novembro de 2010. A composição, fechada em reunião na quinta-feira entre o presidente estadual do PDT e da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, e Alckmin, garante o apoio do partido na Assembleia Legislativa e à reeleição do tucano em 2014. Na eleição anterior, o partido indicou o vice do ex-senador Aloizio Mercadante (PT). Paulinho confirmou a conversa com Alckmin para compor o governo, mas diz que ainda não foi definido quem ocupará o cargo. "O governador falou que quer o partido no governo. Estamos conversando e acho que definimos até o Carnaval", afirmou Paulinho. Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado garante que o acordo não se estende à eleição municipal - embora, segundo sindicalistas, exista a promessa de apoio mútuo no segundo turno ou até a possibilidade do pedetista ficar como vice do PSDB, caso o candidato seja o ex-governador José Serra, que diz que não vai concorrer este ano. Já Sergio Leite negou o convite e evitou falar se aceitaria. "O partido tem total interesse em assumir a Secretaria do Trabalho, isso é inegável, mas não me foi feito convite e é preciso uma discussão muito grande antes de fazer qualquer anúncio", disse. O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna (PDT), também foi sondado, mas preferiu ficar na central. Antes de anunciar publicamente o acordo, Paulinho tem que convencer parte da legenda. O líder do partido na Assembleia Legislativa, Major Olímpio Gomes, tem feito oposição ferrenha a Alckmin, embora os outros dois deputados apoiem o tucano. "Me causa constrangimento que o meu partido se alie a um governo que não respeita os seus trabalhadores", afirmou. O parlamentar, porém, diz que não tem como impedir o acordo. "Conversei com a direção do PDT e, embora seja completamente contrário, compreendo as expectativas do partido", comentou, embora deixe claro que "não sabe qual será seu destino político". O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), afirmou que ainda não foi avisado oficialmente sobre a saída, por isso não poderia comentar. Zaia não atendeu as ligações do Valor. O comentário é que o PPS, que tem quatro deputados estaduais, ganhará com a troca, já que a Secretaria de Gestão Pública tem mais recursos e projetos do que a de Trabalho. |
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Alckmin dá Secretaria do Trabalho para PDT
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